Compliance contábil: entenda o que é
Compliance é estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos. Portanto, manter a empresa em conformidade é atender aos normativos dos órgãos reguladores.
Quando surgiu a atividade de compliance, principalmente nas instituições financeiras, a maioria direcionou a atividade para a área do jurídico, por justamente tratar-se de implementações de normativos. Mas o tempo e as necessidades demonstraram que este cargo vai além de normas e políticas: devemos incluir os processos.
Compliance e contabilidade
Não é possível implementar procedimentos de conformidade sem conhecimento do negócio, dos fluxos operacionais. Então, a função é estar encorpada com muito mais volume de atividades. Não basta apenas interpretar leis para ter uma área de compliance ativa. Mas estar atento aos controles internos e os riscos operacionais.
É importante da área jurídica na atividade de compliance, mas tentamos evidenciar que os profissionais desta área é parte integrante no processo de construção de um departamento nesse campo, no que tange a entendimento das leis. Mas hoje, devemos incluir muito mais que isso.
Portanto, o profissional de compliance necessita entender melhor as suas funções e responsabilidades. Não basta elaborar e publicar normativos e procedimentos, direcionando as responsabilidades aos gestores de áreas. Eles necessitarão entender o que está sendo cobrado e como podemos melhorar as atividades e proporcionar maiores índices de eficiência, eficácia e confiabilidade das informações.
Para quem conhece os procedimentos contábeis, sabe muito bem a importância dos controles internos e externos para a elaboração de uma nota explicativa em conformidade com as melhores práticas de governança corporativa. A atividade de prevenção a lavagem de dinheiro, por exemplo, é de extrema importância, mas devemos incluir:
• prevenção a fraudes,
• segurança da informação,
• plano de continuidade de negócios,
• contabilidade internacional, fiscal e gerencial,
• gestão de riscos e de pessoas,
• atendimento a auditorias internas e externas; dentre outras.
Mas para isso ser efetivo, conhecer o negócio, as metas e objetivos dos empresários e administradores são de suma importância.
O profissional de compliance, de controles internos e auditoria interna necessitam mudar o seu jeito de pensar e agir. Precisam ser mais participativos e muito mais consultor do que “inspetor”. A realidade é que nós contadores, somos vendedores de segurança, e o comprador necessita acreditar no profissional e no produto. Somente assim os controles internos terão adeptos e parceiros.